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Maria Marighella

Minha primeira experiência de teatro foi no Grupo fantasia. A Experimental incentivava a expressão artística, as artes visuais e teatro nas apresentações de fim de ano. Completar 9 anos era um grande momento porque era a idade permitida para entrar no grupo, quase um rito de passagem. Esperei muito por esse momento, pela admiração e desejo de fazer parte do grupo. Lembro que muitos amigos e seus pais, como Fontana, Itamar – pai de Noca e Arno – pai de Vladmir que levava e pegava o grupo de alunos no teatro, foi um pai superimportante nessa logística. (Veja Mais)

Em 1978, meu pai tinha saído da prisão como preso político, a escola absorvia este tipo de criança ainda na ditadura e isso faz parte da referência afetiva da escola que me absorveu.

A gente tinha espaço, liberdade e limites para a expressão da identidade. A escola proporcionava esperanças e proteção necessárias. A gente trabalhava um conceito do que sou dentro de um contexto social, mais participação diálogo e discussão. Tenho amizades de mais de 30 anos, são muitas referências positivas e por isso mesmo hoje meus filhos Zeca e Bento estudam lá e a escola é muito importante na vida deles.